Saturday, October 15, 2011

GEORGE LUCAS| STAR WARS EPISÓDIO III – A VINGANÇA DOS SITH

Sem sombra de dúvidas este era o filme em que GEORGE LUCAS teria que concentrar os fatos mais esperados de toda a conclusão da saga, até então na imaginação dos fãs cinéfilos e apaixonados por STAR WARS. Queríamos ver como tudo aconteceu e a parte mais importante era saber como Anakin Skywalker (HAYDEN CHRISTENSEN – mais confiante aqui) ficou preso naquela armadura negra com a conhecida máscara que emitia aquele som inalante assustador. Finalmente vemos a ascensão do maior vilão de todos os tempos, DARTH VADER. Lucas depositou toda a tecnologia e sequências épicas de batalhas estelares e de sabre-de-luz criadas pela sua mega empresa de efeitos especiais: “Indústria de Luz e Magia”, neste terceiro episódio (sexto filme – que é o melhor), e que encerra uma das franquias independentes mais caras da história do cinema. Aqui o jovem Jedi está atormentado e confuso. Não sabe em quem depositar a sua lealdade( é incrível como “o escolhido” com tantos poderes nunca aprendeu a ser fiel a si mesmo e sempre dependente de um Lord Mestre), se ao seu mestre e mentor Obi-Wan Kenobi (o envelhecido EWAN McGREGOR), ao conselho Jedi liderados pelos mestres Yoda (FRANK OZ) e Mace Windu (SAMUEL L. JACKSON) ou ao amigo e conselheiro, o Chanceller supremo Palpatine (IAN McDIARMID) que se revela o verdadeiro vilão por trás dos complôs diabólicos há 13 anos e que culminou nas Guerras CLônicas. O próprio que se nomeia o futuro Imperador da Galáxia, colocando a coroa em sua própria cabeça e ganhando poder com a perda da democracia que se sucedeu em um estrondoso aplauso, como comenta Padmé. Ele, através de uma mentira, seduz o jovem Skywalker para o lado sombrio da força dizendo que o poder dos Sith é capaz de impedir que as pessoas queridas morram, fato que os Jedis consideravam como poderes não naturais.
Esta fantasia – até um tanto tola e ingênua- faz com que Anakin, atormentado por visões futuras que mostrava em seus pesadelos a morte de sua amada Padmé (NATALIE PORTMAN) grávida dos futuros líderes rebeldes: Luke e Léia. Assim sendo, ele se volta contra o bem e servindo-se fiel como escravo as ordens do maléfico Palpatine. Ou seja, o medo de perder alguém que ama o consome a alma e ele vira um servo da maldade. Tudo que O Imperador lhe ordena, automaticamente o rapaz cumpre e engana de um jeito cínico e mais ambicioso e sedento de poderes egoístas e de apego. De modo que, esta é a razão e força motriz, que de uma maneira um tanto óbvia (que nos cegou até aqui), o motivo principal da transformação de Anakin para Lorde Vader. O herói não se torna vilão no momento em que ganha a armadura preta, e sim quando sua personalidade é representada por uma face, a da corrupção.
Au revoir Conselho JEDI
Mais detalhes ficam evidentes em direção ao visual da trilogia clássica quando, por exemplo, vemos a nave do Senador Organa, a mesma no início do próximo episódio clássico com a Princesa Léia ou a vestimenta dos soldados clones. Algumas novidades é que as batalhas com espadas de luz não são mais dueladas de modo tradicional, Jedi contra um adversário do mal. Além de mostrar o exército Jedi em vários cantos da Galáxia combatendo as tropas dróide em terra e no espaço, é a vez do herói lutar contra um sabre da mesma cor e o mais esperado: a luta quase decisiva entre Anakin e Obi-wan. Dois amigos lutando um contra o outro até a morte. É de gelar o sangue quando ambos duelam naquele planeta vulcânico! E, acho que o tema musical que John Williams compôs para o Episódio I: Duel of the Fates, ficaria melhor aqui.
Anakin Skywalker AKA: Darth Vader
O capítulo é o mais sombrio de toda a saga que teve censura 13 anos nos Estados Unidos e 10 anos no Brasil. Todos os anteriores eram censura livre. Obviamente o filme mostra assassinatos em massa (principalmente a cena que sugere a morte de crianças), de toda a orla Jedi e a violência que é o modo como Anakin acaba sendo deformado, isto é, queimado vivo na lava, motivo na qual passou a usar a vestimenta solitária do Lorde sombrio. Lucas disse uma vez que não pretendia ganhar na bilheteria (e foi verdade) e que o filme acabaria sendo o mais cult da série, o mais complicado de se fazer, preso nas armadilhas que culminam nos episódios posteriores já visitados, e que o seu filme assemelhava-se com uma fita de Quentin Tarantino onde a vilania tomava o posto e os heróis tornavam-se anti-heróis. Certamente existe um critério na avaliação do autor, visto que, o mal está por toda a parte e não sabemos quem são os verdadeiros heróis já que as decisões de Obi-wan, Mace Windu e Yoda, eles os sábios e bons cavaleiros Jedi, acabam sendo pouco altruístas e violentas para combater o mal. Ou seja, todos agem com frieza e nenhuma piedade sem nenhum tipo de julgamento ou amizade, o que também ajudou a nascer Vader em Anakin, decepcionado com os ensinamentos. Ele se torna facilmente um homem fraco perante o vilão soberano.
Porém, nada se compara com a batalha de Anakin e Obi-wan no planeta vulcânico em diversos pontos do local sobre plataformas e uma cascata de lava (cenas de ação sugeridas e dirigidas por Steven Spielberg. Ele também sugeriu ao amigo um close da nave caindo em Coruscant no começo do filme onde mostrava os heróis tentando um pouso de emergência e a câmera vai se aproximando através do vidro). Uma sequência montada à maneira habitual dos filmes de Lucas e que sem dúvida, é um dos momentos mais fantásticos da saga (provavelmente empata com a sequência de pods de corrida e com a de Luke nas trincheiras da Estrela Da Morte). Sim, o bom é que, apesar de tudo, Lucas guardou o melhor para o final. Embora o filme se perca na questão da gravidez de Padmé, que aparece na história dizendo que esta grávida (sem barriga) e os meses não se explicam e logo em seguida, em poucas cenas, ela esta “buchuda”. Ao menos o filme poderia já mostrar Natalie de barrigão logo no começo, já que ela obrigatoriamente não tem nada a fazer aqui, a não ser amar até as últimas consequências o seu atormentado Jedi, parir e depois morrer. Fora este incômodo ao redor de Portman, o filme é demais, espetacular e satisfatório. Coisa de fã xiita. Lucas também resolve mostrar apressadamente o personagem Chewbacca (PETER MAYHEW) o carpete ambulante e fiel amigo de Han Solo em uma ponta que também, incomoda. Seria mais prudente mostrar apenas os outros Wookies já que era um desejo dele em criar uma batalha no “planeta dos macacos”.
Agora os Clones trabalham para o Império!

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