Thursday, October 13, 2011

GEORGE LUCAS| STAR WARS EPISÓDIO II – ATAQUE DOS CLONES

George Lucas realiza o seu primeiro filme romântico neste capítulo que começa a criar forma e lembra traços da trilogia clássica. Com um plot misterioso em que Padmé (NATALIE PORTMAN) ex-rainha do planeta monárquico Naboo é perseguida por um impiedoso caçador de recompensa que quer matá-la a mando de políticos separatistas corruptos, chefiados por um Jedi mais velho que virou um Sith, Conde Dookan (CHRISTOPHER LEE). O episódio começa interessante com uma premissa de suspense exatamente dez anos após o AMEAÇA FANTASMA em que apresentava o garotinho Anakin Skywalker, o futuro Darth Vader. Agora a heroína é eleita senadora e representa o seu planeta natal no senado de Coruscant (o planeta que muito lembra a 'Metrópolis' de Fritz Lang). Porém, uma facção desses políticos separatistas, liderados por Dookan, começam a armar inúmeras tentativas de assassiná-la. O assassino é um homem misterioso que ganha a vida como matador de aluguel ou caçador de prêmios, Jango Fett, revelado como sendo o protótipo de um secreto exército de clones da República que teria sido ordenado por um falecido cavaleiro Jedi (na verdade o próprio Darth Sidius). Este assassino que usa um foguete, pistola a laser e um capacete que esconde sua identidade acaba desencadeando essas investigações, que é a missão do Mestre Jedi Obi-Wan Kenobi (EWAN McGREGOR perdendo a juventude) e de seu aprendiz Anakin (estréia de HAYDEN CHRISTENSEN no papel adulto substituindo JAKE LLOYD, o menino).
O primeiro e último filme romântico de Lucas
Ambos são convocados pelo Supremo Chanceler Palpatine, antes Senador da república (o vilão IAN McDIARMID) e pelo próprio conselho Jedi: YODA (FRANK OZ agora fazendo apenas a voz do personagem) e Mace Windu (SAMUEL L. JACKSON com um papel de maior destaque) para proteger a senadora. O fato é que Anakin ainda esta em fase de aprendizado, sendo apenas um Padawan que não sabe ouvir as orientações de seu mestre. Jovem, inconsequente e apresentando os primeiros sinais de egocentrismo e senso de perda, resultando em um ódio quando perde a mãe. Ele é apegado a Padmé desde moleque, e quando os dois se reencontram acabam se apaixonando de vez e mantendo um amor secreto. Ela é política. Ele é um Jedi. Logo, o relacionamento deles é terminantemente proibido, mas unidos por uma forte atração, resolvem viver este amor que vai gerar frutos.
Certamente foi um alívio para os fãs mais antigos poder assistir a um episódio de Guerra Nas Estrelas (como chamado antigamente) com os figurantes habituais e não mais aqueles robôs bobos que são facilmente derrotados com um sabre-de-luz, como manteiga. Toda aquela parte prima da saga mostrada no Ameaça Fantasma somado com o clima atrapalhado à la Carlitos da figura do Jar Jar, as cenas na Assembléia e as excessivas explicações da origem da força, com certeza distanciou o público mais velho que não via na primeira parte os personagens clássicos. Desta vez, além de ATAQUE DOS CLONES começar a se aproximar da trilogia anterior como uma verdadeira prequel, da oportunidade aos carismáticos andróides R2-D2 e C3PO (os habituais KENNY BAKER e ANTHONY DANIELS) de viverem a sua primeira aventura juntos, começando em uma linha de montagem maquiavélica que constrói o exército dróide do mal. Aliás, para realizar esta sequência de ação, e como muitas do filme, como a alucinante perseguição de Speeders e a própria Guerra dos Clones, Lucas e sua equipe de animadores da ILM pintam digitalmente
Anthony Daniels e George Lucas no set.
Outro ponto alto do filme, e que por competência dos animadores, é o fato do carismático personagem YODA, pela primeira vez, ter sido feito inteiramente no computador. Desta vez Lucas supera os obstáculos quando criou no episódio anterior a criatura Jar Jar. Aqui ele teve que substituir o ator Frank Oz da performance física em que fazia os movimentos com um boneco metros abaixo do chão (eles construíam literalmente um andar acima nos cenários em que o sapo Yoda aparecia). Portanto podem notar que nos outros filmes a figura do pequeno grande mestre era um tanto limitada nas cenas, só que desta vez, há um dramático e emocionante duelo de sabre de luz que responde os feitos extraordinários da tecnologia que foi capaz de dar meticulosos movimentos em um personagem que em um dia de chuva, já foi um puppet. Oz com a sua inconfundível voz caricata ajuda a dar vida ao velho e conhecido personagem.
A sequência das Guerras Clônicas é o ponto alto do filme!
Antes de o filme terminar com o épico desfecho que culmina na Guerra Clônica com milhares de tropas clones e andróides guerrilhando em um planeta alaranjado, Lucas cria uma divertida batalha que começa em uma grande arena alienígena. O local obviamente é uma referência a filmes de gladiadores (referência principal ao clássico Spartacus) onde criaturas selvagens são soltas no Coliseu e perseguem os heróis acorrentados para serem massacrados. O cenário é bem típico da série (lembra um pouco Luke lutando contra o monstro do calabouço de Jabba em 'Jedi') a diferença é a escala de efeitos visuais e uma arquibancada com milhares de seres com aparência de insetos que saciam o desejo de ver os mocinhos mutilados pelos monstros. No final, tudo acaba em um combate típico, com todo tipo de armas laser exércitos de ambos os lados e o mais impressionante: a primeira batalha conjunta dos cavaleiros da ordem Jedi e mestre Windu com o seu sabre roxo cheio de estilo ao modo de Samuel L. Jackson. Vibrante!

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