Monday, October 24, 2011

HARRY POTTER™ | SAGA

Tudo começa em “A PEDRA FILOSOFAL” ( The Sorcerer´s Stone, 2001) onde este menino de 11 anos, Harry Potter, é resgatado do abandono escandaloso de seus tios trouxas (literalmente trouxas) e descobre que é um bruxo. Assim, ele é convidado para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts em um mundo diferente e mágico na qual pessoas que não são bruxos (os trouxas – irônico adjetivo) nem sequer sabem da existência deste universo paralelo. Por muito tempo Harry foi escravizado e maltratado pelos seus tios e fica “encantado” com a descoberta de que realmente existe um lugar melhor para se viver e fazer amigos. É levado para este mundo por um homem gigante e barbudo, o simpático Hagrid, o guardião da escola de bruxaria (uma espécie de zelador). Enfim, o jovem é praticamente arrancado de sua vida mundana por Hagrid no momento exato de sua vida, quando é rapidamente jogado neste mundo completamente estranho. Vamos descobrindo com o herói que mundo é esse e quem ele é. Ele também nunca sabe. Na verdade Harry é famosíssimo no mundo dos bruxos. Todo mundo de lá sabe o seu nome e a história de seu passado: um incidente que aconteceu quando ele era apenas um bebê e foi o único sobrevivente de um massacre (seus pais morreram para protegê-lo) pelas mãos de um temido bruxo das trevas, Voldemort. Por isso apagaram a existência do menino por alguns anos e ele foi adotado. Mas quando chega de trem em Hogwarts, Harry rapidamente faz amigos e também alguns inimigos (os seguidores do cara que tem aquele nome malvado), só que as amizades acontecem de uma maneira mais fácil, não pela fama, mas por óbvias habilidades que o garoto possui: uma delas é sua qualidade chamada coragem. Ele vai aprendendo quem são os amigos e inimigos e já no primeiro ano começa a lidar com perigos extremos. Aqui o papo é sobre uma pedra filosofal (também chamada em inglês de “The Philosopher´s Stone), essa pedra era extremamente poderosa feita por um mago chamado Nicolal Flamel que produziu o elixir da vida. Ou seja, o bruxo que colocasse as mãos nela se tornaria imortal. Rowling buscou esse assunto numa lenda alquimista que abordava o “elixir da longa vida” - mito da imortalidade. 
A magia começa!
 Harry fica amigo de dois coleguinhas de turma que são da família Grifinória (no mundo deles é necessário fazer divisões de times, seria como se o Palmeiras e o Corinthians estudassem lá). Eles são Ronald Weasley (o atrapalhado e medroso) e Hermione Granger (a nerd). Eles acabam sempre embarcando com Harry nas aventuras e nos jogos mortais. Aqui eles precisam lidar com um Trasgo adulto, um monstro que é solto na escola e um jogo mortal de xadrez bruxo na qual Ronny é expert. A parte mais legal da fita é mesmo a sensacional partida de Quadribol. Uma espécie de futebol do mundo deles em que consiste em brincar de bola voando em uma vassoura de piaçava. Claro, é muito mais do que isso e não vou ficar aqui dizendo as regras do jogo se não o meu texto não acaba, além do que, muitos dos  cinéfilos por aí e fãs xiitas sabem mais do que eu. Só digo que Harry se torna o apanhador jovem mais rápido do século apenas em seu primeiro ano escolar.
Rupert, Daniel e Emma já não são mais assim.
Pois é, depois de Harry, Ron (o chamo de Ron, Rony ou Ronald?) e Hermione viverem fortes emoções, tudo se confirma mais uma vez no segundo ano em Hogwarts. Harry continua sendo aquele menino que sobreviveu, que recebia cartas de ninguém, que descobre que tem uma coruja mágica (Edwiges), que conheceu o guardião das chaves, que foi até o beco diagonal comprar o seu material de escola, que embarcou na plataforma Nove e Meia. Ele, que foi escolhido como um novo membro da Grifinória por um chapéu mágico seletor, que jogou Quadribol como apanhador do pomo de ouro, que viu a sua vida através do espelho de Ojesed, que adentrou numa sombria floresta proibida e em um alçapão, e que conheceu o homem de duas faces e tirou dele o poder da pedra filosofal. Ufa, muita tarefa para um simples garotinho não?

Em “A CÂMARA SECRETA” (The Chamber Of Secrets, 2002) Harry ignora os avisos de um elfo doméstico (uma figura às vezes impertinente criada por computador) de que ele não deve voltar a Hogwarts este ano e de que perigos grandiosos o esperam. Isso não funciona para com um garoto corajoso como Harry que também iria para qualquer lugar e não ter que ficar um segundo a mais na casa de seus tios trouxas e de seu primo gorducho. Assim, Harry se impressiona com a presença de um certo Dobby, o elfo doméstico, porque era a primeira vez do garoto diante a um elfo, mas ele ignora tudo que o monstrinho lhe diz e vai para a escola mesmo assim. O filme já começa com bastante ação quando Ronald, seu fiel amiguinho chega para buscar Harry em um carro voador. Eles são vistos por trouxas e levam uma advertência com perda de pontos importantes para Grifinória. A história é em torno dessa câmara secreta, na qual Harry, Ron e Hermione irão descobrir uma lenda na qual diz que nesta câmara se esconde um terrível monstro capaz de matar todos os feiticeiros nascidos trouxas da escola. Rapidamente Harry é suspeito por ter aberto essa Câmara dos segredos, ao mesmo tempo, o garoto descobre que tem o poder de ouvir esse monstro, uma cobra gigantesca que pode matar se olharem diretamente em seus olhos ou transformar as crianças em pedras! Daí o filme parte ipsis litteris ao livro que contava a história da lenda de Salazar Slytherin (“sonserina”), o fundador da casa que leva o seu nome, e um dos quatro feiticeiros que fundou Hogwarts, e que teria construído essa câmara secretamente onde nasceu esse monstro, e que somente o seu herdeiro poderia reabri-la para que a fera pudesse continuar sua missão. Harry fica sendo o suspeito de abrir o local e tudo o mais pelo fato de ser um ofidiglota (fala o dialeto das serpentes), uma característica rara entre os bruxos e que Salazar também possuía. Assim vamos descobrindo que Voldemort era um sujeito que falava o idioma das cobras e que na noite que o bruxo matou os pais de Harry e lhe deu a cicatriz, acabou passando para o menino um pouco de seus maiores poderes. A diferença é que com o tempo o jovem Harry aprende a discernir o uso de todos eles para o bem. Uma pista que começa dizendo o motivo da diferença entre Harry e Voldemort é quando o chapéu seletor envia o herói para a Grifinória. Ou seja, abrindo aspas Dumbledorianas: “não é aquilo que somos/fazemos que nos diz quem realmente somos e sim as nossas escolhas”.
Dobby, é um elfo doméstico muito atarefado
Mas a confusão começa com a aparição de outro personagem: Lucius Malfoy, o pai do chatíssimo e playboy Draco Malfoy (que já perturbava Harry no primeiro ano...), quando o mesmo coloca um diário junto com as coisas da irmãzinha de Ronny, Gina Weasley. Esse diário era as escritas de Tom Riddle, um jovem que estudou em Hogwarts muito antes da geração de Harry. Bom, esse Tom é o próprio Voldemort. Desse modo, Gina fica hipnotizada pelos poderes do lorde das trevas que a faz ser responsável por tudo de ruim que acontece. As escritas aterradoras pinchadas nas paredes do colégio, o acidente entre os alunos trouxas (insultados de “sangue-ruim”), incluindo Hermione, que ficam petrificados, etc. Somente Harry para deter esses crimes, salvar Gina da Câmara e derrotar o perigoso “Basilisco”, a cobra gigante.
Partindo para o terceiro ano. Em “O PRISIONEIRO DE AZKABAN” (The Prisoner of Azkaban, 2004) Harry Potter esta passando uma nova temporada ruim na casa de seus tios. A diferença é que aqui o herói já é um rapaz quase adulto e não vai suportar as ofensas diárias. Ele usa um feitiço em um dos parentes e ao contrário do segundo ano, Harry não é punido por usar magia fora da escola já que desta vez o perigo é ainda maior. Um criminoso conhecido como Sirius Black, acusado de trair os pais de Harry e que fora preso, foge da cela escura de Azkaban. Todos alertam Harry e acham que Black irá atrás de Potter para matá-lo e assim vingar o lorde das trevas. Engano. Harry não só descobre que Sirius é um velho amigo de seus pais e que nunca lhe faria mal, como outras tramas e mistérios que envolve a sua vida. Nesse capítulo aparecem os “dementadores”, mutantes assustadores que são designados para proteger os portões de Hogwarts e que ao se aproximar dessas criaturas, o herói fica sentindo-se horrível. Como se tudo que é de ruim tomasse conta da mente e do corpo. É a partir daqui que Potter descobre um pouco mais de seu passado, preenchendo as lacunas e aprende a ficar bem mais armado para o futuro que lhe aguarda.
"Expecto Patronum!"
Certamente o terceiro prepara o campo das novidades que se seguirão com a chegada do quarto ano em Hogwarts. “O CÁLICE DE FOGO” (The Goblet of Fire, 2005) é aonde realmente a puberdade chega. Se na próxima aventura a “rebelião começa”, aqui os sentidos à flor da idade começam com tudo! Harry Potter é misteriosamente selecionado como um concorrente menor de idade a participar de um torneiro perigoso: o “Tribruxo”: uma competição de magia entre três escolas distintas de bruxos (como se Oxford jogasse futebol americano contra Harvard). Mas como tudo aqui é magia, Hogwarts enfrenta outras escolas célebres de outros países, Beauxbatons e Durmstrang (aqui descobrimos que não existem bruxos apenas na Inglaterra. É a política de boa vizinhança). Só que o motivo de Harry ter sido escalado para essa competição acaba sendo alvo de comentários e debates porque os competidores têm que estar acima dos 17 anos de idade. Eles são escolhidos por um artefato mágico, o próprio Cálice de Fogo. Na noite de seleção, no entanto, o cálice “cospe” os quatro nomes ao invés dos três habituais, entre os inscritos. Com Harry sendo o quarto escolhido quando ele nem sequer se inscreveu (e havia regras precisas para evitar que menores de idade colocassem seus nomes no cálice). Portanto como o jovem Potter conseguiu essa façanha? Começa a suspeita óbvia de que alguém muito poderoso sabotou o cálice para ver Harry ser aniquilado neste torneio. E já que a magia não pode ser revertida...obviamente que o nosso herói vai competir, lutar e ganhar a tal taça!
Desta vez o Quadribol é mostrado em uma copa mundial profissional pelo ponto de vista do herói na arquibancada e descobrimos com o Harry um mundo maior além de Hogwarts. Existem muito mais personagens no mundo bruxo que pode explicar a vã poção mágica. Além disso, começam as discussões (quase impossíveis de se imaginar) entre os amigos e a puberdade que não deixa os jovens sossegados e assim, acontecem muitos romances na escola. Desta vez Rowling se permitiu ser mais crua e realista com o mundo dos adolescentes. Eles cresceram e além de enfrentar os perigos da magia, tem que lhe dar com os probleminhas da aparência, acnes, namoros e escolher o par para o baile de gala. É um Harry Potter mais típico no universo teen, e que se permite mais.  Também é um filme diferente dos anteriores. Aqui os três heróis não ficam mais descobrindo charadinhas de criancinhas, eles vão para um “mundo adulto”, maiores desafios e a aventura vem transformada de Torneio Tribruxo, o que deixa a série ainda mais empolgante. Aliás, as três tarefas do torneiro são simplesmente bacanas. São elas: “Harry Potter e o Dragão”, “Harry Potter e as Sereias Mortais” e “Harry Potter e o Labirinto sombrio” (onde esta a Taça do torneio). Enfim, é muito legal! Na largada final surge o temido Voldemort diante Harry, e é o primeiro encontro oficial entre eles desde a noite que o vilão marcou o herói. Esse fato deixa claro como será a quinta parte.
Os jovens heróis do universo Rowling
Em “A ORDEM DA FÊNIX” (The Order of Phoenix, 2007), com já proclamada a advertência do retorno de Voldemort, tudo fica ainda mais politicamente e perigosamente complicado para Harry em seu quinto ano em Hogwarts. Harry, como de costume, passa por um verão solitário no mundo trouxa, mas acaba sendo atacado por dementadores da morte, que também ameaçam o seu primo gordo Duda. Mas o que essas criaturas estariam fazendo fora de seu mundo? Tudo vira um debate interminável numa Assembléia dos feiticeiros, Harry cada vez mais alvo de publicidade neste mundo surreal. E, para vigiar de perto, o Ministério da Magia, após esse embate (e não debate) contra Potter, coloca em Hogwarts uma mulher insuportável, toda rosinha, e que de boazinha não tem nada! A figura é Dolores Umbridge que vê em Hogwarts problemas sérios de disciplina.
Ou seja, o mundo deles esta prestes a sucumbir com um exército de seguidores formados pelo Lorde das trevas, entre eles uma assassina louca e prima de Sirius Black, Bellatrix Lestrange (que foi solta de Azkaban), e esta dondoca da Umbridge só pensa em disciplinar adolescentes ordenando com nazismo pregado na parede regras das mais estapafúrdias. Com isso, já que a enviada para proteger Hogwarts contra os dementadores e Voldemort, prefere só castigar os alunos ao invés de ensinar, Harry e seus amigos (incluindo Hermione) decidem quebrar todas as regras e criam um grupo secreto que aprenderá a verdadeira defesa contra as artes das trevas. E o professor é o próprio Harry. Eles formam a “Armada de Dumbledore.”  Aliás, Albus Dumbledore, com todos os requisitos de ser o maior bruxo de todos os tempos, poderoso e o anjo da guarda de Harry (bom o velho dispensa mais comentários não?), acaba assumindo a responsabilidade quando a chata da “Dolores Hitler” descobre o esconderijo dos meninos. Com isso, a bruxa consegue a expulsão de Dumbledore da escola.   Obviamente que a armada de heróis irá punir Umbridge e tirá-la de Hogwarts com um plano mirabolante. Além de tudo, Voldemort se aproxima de Harry envolvendo seus amigos e Sirius Black, que se sacrifica para proteger o afilhado. Essa aventura se apresenta mais densa e é o livro com mais páginas de toda a série. Apesar de irritar um pouco, em minha opinião, com longas evasivas no roteiro, que insiste em fixar a questão Umbridge e suas regras, a premissa melhora lá para o seu quase desfecho, com um excelente confronto entre o Lorde das Trevas e Dumbledore, e Harry se preparando para os capítulos finais. 
A vilania do universo Rowling
Um momento descontraído do elenco no set de filmagem
Nesta ocasião, Dumbledore resolve dar aulas particulares a Potter durante todo o ano, mostrando-lhe na sua “Penseira” as lembranças relacionadas a Voldemort, que comprovam a busca do senhor das trevas pela imortalidade através dessas Horcruxes. Consequentemente a trama se complica ainda mais quando Harry suspeita de Malfoy, o responsável por trazer para a escola, a mando de seu pai (seguidor do lorde sombrio), vários objetos com feitiços envenenados, em que todos seriam mandados a Dumbledore numa tentativa de matá-lo. Aqui Harry usa bem um de seus artefatos mágicos, o mapa do “Maroto” para descobrir os passos do vilão. Enfim, o perigo aumenta e Severo Snape (sempre do mesmo jeito) revela-se traidor e ocupa o lugar de Dumbledore em Hogwarts, que morre bravamente deixando Harry desprotegido.
Assim, tudo se complica em uma verdadeira caçada. Em “AS RELÍQUIAS DA MORTE PARTE 1” (The Deathly Hallows – Part 1, 2010) a jornada de Harry, Hermione e Rony tornam-se uma verdadeira corrida contra o tempo quando o trio resolve continuar o trabalho de Dumbledore, uma tarefa árdua que o maior mago do mundo mágico deixou aos heróis. A missão é encontrar mais Horcruxes que possam enfraquecer Voldemort. O mesmo esta cada vez mais forte com uma legião de seguidores do mal e controlando também, o ministério da magia e com o leal Snape na direção de Hogwarts. Mas, quando os heróis descobrem que Dumbledore lhes deixou heranças preciosas, objetos de reais valores escritos até em um testamento apenas destinado a eles, tudo se concretiza. Para Rony, o feiticeiro deixou o seu antigo apagador, o disiluminador, na esperança que ele se lembrasse do antigo diretor ao usá-lo, que absorvia a luz presente em um espaço; para Hermione Granger, deixara um livro de histórias infantis: “Os Contos de Beedle, o Bardo”, para que esta o achasse divertido e instrutivo e finalmente para Harry, o pomo de ouro que tinha sido capturado no seu primeiro jogo de Quadribol, para lembrar-lhe as recompensas da perseverança e da competência, e ainda a espada feita por duendes de Godric Gryffindor, fundador da casa Grifinória. Porém, a espada não é entregue a Harry, porque era uma importante peça histórica que pertencia à Hogwarts e não, à Dumbledore. Em meio a tudo isso, o trio bruxo tem que enfrentar pessoalmente os Comensais da Morte e muito mais. Voldemort parece estar a espreita enviando armadilhas mortais para deter os corajosos mocinhos. A primeira parte é em um longa metragem com introdução detalhada de “As Relíquias Da Morte” é o tempo em que o herói descobre toda a trama e sofre as consequências para finalmente respondê-las em sua última jornada. 
Divertida cena de HP 7.1



Nesta parte um, há também uma deliciosa metalinguagem em que narra o conto dos três irmãos que possuíam as relíquias da morte. A morte é a própria figura mitológica, a representação física da morte, que presenteia esses três irmãos (seria uma alusão aos nossos três heróis?) com três objetos mágicos. Tudo isso, segundo o livro que Dumbledore deixou para Hermione: “Os Contos de Beedle, o Barbo” em que narrava essa fábula de como a morte recompensou os irmãos que conseguiram, através de magia, fazer uma travessia de um rio onde ninguém jamais havia sobrevivido. Os três objetos eram: a “varinha das varinhas” de condão, a Pedra da Ressurreição e a capa da invisibilidade (Harry possuía uma, presente de seu pai). Elas representam um símbolo: uma reta vertical, um círculo e um triângulo. Os heróis terão de descobrir a credibilidade dessa lenda, o que fica mais claro é que esses três irmãos eram apenas bruxos, que não se encontraram com a morte, e que apenas foram capazes, através de muita sabedoria, construir artefatos poderosos. Isto é, essa história é a própria versão das aventuras de Potter e seus amigos, que não resta dúvida, foram capazes de muito mais em todos os anos em Hogwarts, dignos de quaisquer citação na história: sabedoria, fidelidade e coragem.
Cara a cara!
É importante que Harry, Rony e Hermione continuem a achar e destruir as Horcruxes remanescentes e o mistério que envolve a suposta morte do herói nos faz gelar o sangue. É incrível como Rowling criou uma lenda com a própria morte do personagem mais comentado dos últimos dez anos. A impressão de ler e assistir “Harry Potter e as Relíquias da Morte” é igual à reação desses personagens com a lenda dos Três Irmãos que conheceram a morte. Verdade ou mito? É sério mesmo que Harry Potter morreu? (quem leu o livro). É verdade que o Harry Potter irá morrer (para quem só aguardava a última fita). Como se mata um herói? Resposta: transformando ele em um lenda, e Potter já era uma lenda desde os onze aninhos quando voou pela primeira vez na sua Nimbus 2000.
Harry e Draco nunca se deram bem.
Sacrifícios! O número de baixas nessa aventura é realmente triste. E, para sempre Harry Potter em nossos corações. O herói vive mais um pouco para poder corresponder a varinha das varinhas e derrotar para sempre o maldito Voldemort. Rowling conclui: a coragem vence a covardia. Porque Voldemort precisava de capangas e seguidores para dominar um mundo inteiro? Ele não era o todo poderoso? O seu nome não era tão temido que os bruxos tinham medo de mencionar? E o que Harry possuía? Além dos verdadeiros amigos a sua coragem (de dar a própria vida) invade o coração desses amigos que, no final, não se rendem ao vilão. É lindo ver o menino taxado de o mais bobinho da turma, Neville, de repente trocar algumas palavras valentes contra o lorde das trevas. Viram? A covardia nunca vence a coragem. É o legado de Harry.
 Essa história esteve nas mãos de cineastas competentes, que deram vazão e credibilidade a obra de Rowling. CHRIS COLUMBUS embora tenha feito dois longos primeiros filmes, deixou uma boa impressão ao contar com cuidado o começo da saga do bruxinho. É dele outras maravilhas da diversão familiar: diretor dos dois primeiros filmes da série ESQUECERAM DE MIM na década de 1990 e roteirista do cultuado OS GOONIES (1985). Portanto Columbus já tinha experiência com a fantasia infantil. O mexicano ALFONSO CUARÓN havia realizado a adaptação de A PRINCESINHA (1993) e dirigiu o encantador GRANDES ESPERANÇAS (1998) fitas com visuais belíssimos, assim o terceiro filme do garoto bruxo foi o propulsor de uma pegada mais adulta, mas com o outro pé na fantasia (meu Potter favorito). O inglês MIKE NEWELL, é um daqueles artesãos que só acertou na carreira com um Harry Potter. O Cálice é um momento de total inspiração de um diretor capaz de se prometer a dirigir qualquer material. É dele filmes como PRÍNCIPE DA PÉRSIA: As Areias Do Tempo (2010), DONNIE BRASCO (1997) o ridículo O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA (Argggg) e o cult QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL (clássico de 94 – que não acho grande coisa). Temia por esse Potter ao saber da escalação de Newell, mas inesperadamente ele me deixa o capítulo mais charmoso da série e com o maior número épico de efeitos especiais. Quando DAVID YATES conclui com maestria a saga eu já me deixo por satisfeito. Ele soube muito bem achar o melhor final para a série evitando tentativas de finais intermináveis, por mais que seja uma adaptação literária, e claro que a plataforma é diferente (ex.: Peter Jackson em O Retorno Do Rei tentando acabar com a saga do anel...) aqui, Yates propõe os momentos finais sem muito desgaste e remetendo até a primeira aventura. Britânico como Newell, só que mais talentoso, faz sua estréia dirigindo os filmes do bruxo (ex-bruxinho) com uma fita não tão espetacular (em minha opinião “A Ordem Da Fênix”), mas que simplesmente arrasa ao apontar as próximas partes. 
Daniel, o verdadeiro Potter.
Ralph, extraordinariamente feio !
“O Enigma do Príncipe” seguido pelas “Relíquias Da Morte” fazem do final de Harry Potter uma rápida nostalgia. Não faz tanto tempo assim desde 2001 e já da pra sentir aquelas matinês divertidas que me fizeram gostar de ir ao cinema pela manhã. Provavelmente algum feitiço ou de fato uma série de filmes das mais carismáticas do cinema. Eu aprovo o elenco. Todos acertam. Alguns acham o Daniel apático, eu discordo. Sempre digo brincando que ele esta para Harry Potter assim como Margaret Hamilton esteve para a Bruxa Má de Oz. Claro que tanto o personagem como o ator, foi jogado para este mundo da fama com recreios curtos. Ele teve que ser para sempre, e rapidamente Harry Potter e suprir a expectativas. Mas me digam, alguém imagina um ator capaz de ser o Harry Potter se não ele? Não é complicado achar alguém disponível a crescer diante platéias do mundo inteiro numa série de filmes milionários numa tela de cinema? Daniel, assim como Harry, foi melhorando cada vez mais ao passar dos filmes. É notável o seu amadurecimento quando chega finalmente nas Relíquias da Morte (sobretudo a parte 2). O mesmo pode-se dizer de RUPERT GRINT como Rony e EMMA WATSON como Hermione. O trio é como Luke, Han Solo e Léia, e que um dia foram aquelas gracinhas de crianças que se transformaram em adultos atraentes com uma carreira feita e fama mundial. Claro que, indubitavelmente, as atenções são sempre ao Daniel, e mesmo com tanta fama e aclamações, Harry Potter não vai deixar de ser também um carma na vida do jovem galã.
Os jovens do elenco coadjuvante dão a impressão de contrato oficial com a Warner e J.K.Rowling. Só vimos a maioria deles nas fitas de Harry Potter. TOM FELTON como Draco Malfoy (extraordinariamente feio) e o hoje até bonitinho, MATTHEW LEWIS como Neville Longbottom. Certamente o elenco mais velho dá ainda maior credibilidade à série. Todos grandes atores britânicos, alguns americanos vencedores e indicados ao Oscar, em que estréiam em cada capítulo da série de maneira importante. Começando pelo ótimo ROBBIE COLTRANE (dos filmes de James Bond fase Pierce Brosnan) no papel do adorável Hagrid, que vai diminuindo a aparição nas últimas fitas. A lady MAGGIE SMITH, atriz de longa data, sobreviveu muito bem interpretando Minerva McGonagall. Figuras simpáticas como o anão WARWICK DAVIS (De Star Wars – O Retorno de Jedi – ele fazia o Ewok) e, em papéis duplos: um dos duendes do banco em “A Pedra Filosofal” e como o Professor Flitwick nos seguintes. E muitos outros célebres: JOHN HURT como Ollivander, KENNETH BRANAGH um dos melhores, dando um show como o farsante Gilderoy em “A Câmara Secreta", GARY OLDMAN que deixa uma ótima impressão vivendo Sirius.

ALAN RICKMAN, para sempre o Snape, aliás, Rickman é o mais firme do elenco adulto. BRENDAN GLEESON como o Alastor Moody, outra figura engraçada que se apresenta em "O Cálice de Fogo”. E, sem contar na vilania: HELENA BONHAM CARTER com um humor sádico e RALPH FIENNES (sem nariz – ator único para encarnar vilões), respectivamente como Bellatrix e Voldemort, ótimos! Ainda tem uma atriz que gosto muito, putz, a JULIE WALTERS como a mãe de Rony. Um elenco para não botar defeito algum.

Saudosas matinês com esta turminha de bruxos da Inglaterr

No comments:

Post a Comment